Advogado de três vereadores presos pedirá habeas corpus ao TJPE

Previsão é que o pedido seja feito nesta quinta-feira (19) no Recife.
Advogado defende os vereadores Louro do Juá, Evandro e Eduardo Cantarelli.

Advogado entrará com pedido de habeas corpus (Foto: Paula Cavalcante/ G1 Caruaru)
Advogado entrará com pedido de habeas corpus
(Foto: Paula Cavalcante/ G1 Caruaru)

O advogado criminalista Saulo Amazonas, responsável pela defesa dos vereadores presos Louro do Juá(DEM), Evandro Silva (PMDB) e Eduardo Cantarelli (PS), informou nesta quarta-feira (18) que entrará com um pedido de habeas corpus para tentar libertar os três parlamentares. O pedido será protocolado no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no Recife.

Segundo o advogado, os vereadores são conhecidos, não têm nenhum histórico de criminalidade e votaram contra os projetos que foram apresentados. “Nós estamos com os documentos que precisávamos para entrar com o pedido. Este habeas corpus é para demonstrar ao desembargador que não há necessidade da manutenção da prisão dos vereadores”, afirma.

Suplentes assumem

De acordo com o procurador jurídico da Câmara de Vereadores de Caruaru, Bruno Martins, os suplentes de vereadores devem participar da sessão que está agendada para esta quinta-feira (19). Segundo Martins, é preciso que os suplentes assumam para que a Câmara possa funcionar normalmente.

Pela coligação “Caruaru Mais Forte” assumem José Rodrigues da Silva Sobrinho, Francisco Carlos Barros Ribeiro e Jaelcio Tenório. Da coligação “Frente Popular de Caruaru” assumirá Manoel Antônio de Oliveira Alecrim. Já pela coligação “Caruaru em Boas Mãos 2” assumem Gledyston Elvys Borges, José Joel Alves, José Edson Bezerra da Silva e Rosimery Maria da Silva, pela coligação “Caruaru em Boas Mãos 3” assumirão Carlos Alberto da Silva e pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) participará da sessão, o suplente Valdir Tibúrcio da Silva.

O procurador-geral da Câmara de Vereadores de Caruaru, José Américo Monteiro, divulgou na tarde desta quarta os nomes dos dez vereadores que foram presos suspeitos de prática de corrupção por tentarem obter vantagens indevidas para aprovar projetos do executivo.

Segundo o procurador, foram presos os vereadores: Jadiel Nascimento (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (PROS), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Louro do Juá (DEM), Eduardo Cantarelli (PS), Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) e Jajá (PPS).

Nove, dos dez vereadores de Caruaru presos durante a “Operação Ponto Final” desencadeada pela Polícia Civil,chegaram no início da tarde à Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS) onde devem ficar à disposição da Justiça. Os parlamentares chegaram a unidade em um ônibus da Polícia Civil. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Salustiano Albuquerque, o vereador Jadiel Nascimento ainda está prestando depoimento na Delegacia Regional.

De acordo com o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, a prisão dos vereadores ocorreu porque eles estavam exigindo vantagens indevidas da prefeitura para votar determinados projetos. Damázio afirmou também que por enquanto não pode passar outras informações sobre o caso, porque a investigação ocorre sob Segredo de Justiça.

Em nota, a Secretaria de Ressocialização informou que os vereadores ocuparão duas celas da penitenciária e ficarão recolhidos no pavilhão destinado aos presos concessionados. A nota informa ainda que o local é destinado aos reeducandos que exercem atividades de laborterapia dentro da unidade prisional, além de ex-policial, ex-servidor público e pessoas que possuem bom comportamento. Segundo o comunicado, as celas contam com cama, banheiro e chuveiro e podem possuir um aparelho de TV de 14 polegadas e ventilador.
Albuquerque informou mais cedo que foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, quatro mandados de condução coercitiva para ouvir três vereadores e um secretário adjunto do município e ainda 13 mandados de busca e apreensão domiciliar. Segundo o delegado, os mandados foram expedidos pelo juiz de Direito da 4ª Vara Criminal de Caruaru e todos foram cumpridos.

Participaram da operação 120 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi coordenada pela Chefia da Polícia Civil. As investigações tiveram início há seis meses e foram efetuadas pela Gerência de Controle Operacional do Interior I.

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